15 junho 2012

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TV Excelsior (2ª parte) – O revolucionário jeito de fazer “tv”

O auge
           
A diferença entre a TV Excelsior e as outras emissoras era que os executivos cuidavam da emissora. A TV Excelsior se destacou por colocar intervalos por apenas 5 minutos, pois era diferente das outras emissoras que colocavam 20 minutos. Foi na TV Excelsior que a programação da TV começou a ser organizada, e a emissora se destacava ainda mais na questão do figurino, porque as roupas eram fornecidas pela própria emissora, diferente das outras que os artistas tinham que trazer as roupas de casa. O auge da emissora foram nos anos de 1963/64, período em que foi produzida a primeira telenovela diária da TV brasileira, investimentos em séries de TV, transmitiu futebol ao vivo, revelou diversos artistas que até hoje estão na televisão, entre vários outros fatos marcantes, fazendo com que a TV Excelsior conseguisse a liderança na audiência, um exemplo era o programa “Moacir Franco Show” que em 1963 atingia 77% da audiência em São Paulo. A TV Excelsior não era tida como concorrente das outras emissoras, mas sim como inimiga. Isso ganhou mais força, quando executivos de São Paulo foram até Rio de Janeiro e em um único só dia, em 1963 um desses executivos contratou quase todos os artistas da TV Rio, com exceção dos homoristas Manoel da Nóbrega, Carlos Alberto de Nóbrega e Ronald Golias, do elenco da “Praça da Alegria”. Os artistas da TV Excelsior ganhavam, em média, 5 vezes mais do que na TV Tupi. Glória Menezes foi uma das contratadas para a TV Excelsior e anos depois, disse: “Se os atores hoje ganham o que ganham, devem isso ao Canal 9, TV Excelsior”. Diversos cartazes eram colocados em São Paulo com um artista que era contratado, com a seguinte frase: “Eu também estou na Excelsior”. A imprensa sempre dava as notícias das contratações e sempre mencionava a questão da emissora inflacionar o mercado da televisão. A imprensa dizia até que a emissora iria funcionar 24 horas por dia, devido as várias contratações.

Golpe Militar

A TV Excelsior investiu bastante, mas fez muitas dívidas. O crescimento da emissora iria dar lucro e assim daria para pagar as dívidas, e a emissora tinha um forte aliado, o presidente da época João Goulart, além de simpatizar com o governador de São Paulo, Ademar de Barros, que com a ajuda dele, a emissora teria conseguido um grande crédito do Banespa. Mas, em 1964, a Excelsior passou a ser vigiada, sofreu intervenções e era cobrada pelos empréstimos obtidos. O motivo era o Golpe Militar, que destruiu os sonhos da emissora crescer mais, porque a família Simonsen não aceitava o domínio militar. As empresas da família Simonsen estavam em crise e Mário Wallace viaja para a França. No mês de fevereiro de 1965, Mário Wallace morre de infarto. Agora, Mário Wallace Simonsen Neto, filho de Mário Wallace, que era totalmente leigo na área de negócios, ficava com as concessões e o difícil dever de tirar a TV Excelsior da crise. Ficou curioso? Então esteja aqui, próxima sexta às 9 da noite para ver o desfecho dessa história real, que você só acompanha aqui no Alvo na TV.

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